A gente tem a terrível educação que nos inclina
a achar que tudo deve fazer sentido.
Que sentido? Para quem? Sentir sem ter tido?
Sentir para ter? Sentir porque teve?
De qual sentido se trata esse a que estamos
subordinados sem nenhuma cláusula de desistência?
Dias e noites insones buscando sentido para isso e aquilo.
Viver ultrapassa qualquer entendimento,
alguém já bem disse.
O único sentido que faz algum sentido é sentir.
E sentir não é uma questão de explicação, é de sentido.
Nossos sentidos.
Do primeiro ao sexto, apenas esses sentidos contam.
De resto, o que fazemos é conjectura,
na infinita necessidade de termos certezas
de que estamos certos.
Para que mesmo?
Para que mesmo?
Cláudia Dornelles

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