Em que não fazemos mais questão de sermos amados.
Quer dizer, não que não precisemos disso
e de ter amor e carinho na nossa vida,
pois precisamos e queremos,
mas ficamos satisfeitos de isso se reduzir
a duas ou três pessoas.
As coisas mudam de foco, é apenas isso,
começamos apenas a querermos ficar em paz,
sermos deixados em paz.
Se o vizinho gosta de nós?
Não importa, desde que não atrapalhe.
Se faltou atenção e bons cuidados dos pais
quando era criança?
Passou o trauma, releva-se desde que eles
não lhe façam sentir-se insuficiente.
Quem não nos ama, deixou ou faltou amar,
não importa mais: a gente quer é um canto
para ouvir o silêncio.
Depois de um tempo, quanto menos gente, melhor.
E quanto mais o amor se concentrar nos bons
e velhos de sempre, melhor também.
Assim vamos, dispensando o ódio e implorando,
por amor de Deus, que nos deixem em paz.
Camila Costa
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