quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um dia eu parei de ter medo.

 Não, não parei, um dia eu fingi que parei de ter medo.
Virei atriz, decorei o texto e fui farsante
pra ver até onde essa vida me levava.
Deu certo, de tanto acreditar numa coisa
ela acabou acontecendo.


 De tanto fingir não-tenho-mais-medo 
o medo ficou se sentindo deslocado, ignorado e foi-se.
Não levou roupa nem escova de dente,
 apenas abriu a porta e foi embora pra outra dimensão.

Clarissa Corrêa

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