quinta-feira, 28 de março de 2013

Eu não sou o que eu escrevo.


Ou, em outras palavras, nada me deixa mais invocada
quando alguém me cita para mim mesma. 
E me cobra que eu aja conforme meus textos. 
Eu sou gente. Não um livro.
E não estou impressa, muito menos editada. 
Eu mudo todo dia e o texto de ontem 
pode estar (para mim) ultrapassado no mês seguinte.

O que eu sinto + 
o que eu vejo por aí + 
o que alguém conta + 
um quilômetro de imaginação + 
um tanto de inspiração/transpiração = um texto. 

Portanto, eu sou uma pequena parcela 
no que eu escrevo: às vezes não tão boa. 
Às vezes, muito melhor.

Fernanda Mello

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